Terapia de Contensão Induzida
Sobre a especialidade
A Terapia de Contensão Induzida (TCI) é um tratamento de destaque dentro da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional. Ela é recomendada para pacientes com uso assimétrico dos membros superiores (uso predominante de um membro superior em comparação ao outro).
No caso de pessoas que passaram por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo, pode ser possível que haja paralisia de um membro, dificultando a rotina e atividades básicas. O mesmo ocorre com pessoas que possuem Paralisia Cerebral.
Se o movimento de um membro precisar ser recuperado, a TCI pode ser recomendada!
Como funciona?
É necessário uma avaliação, pois o paciente precisa ter pré-requisitos para indicação do protocolo.
O TCI é um protocolo intensivo, com uma média de 3 horas de treino por dia, durante 10 dias. O protocolo de TCI possui pilares fundamentais que são: treino intensivo e de repetição orientado a tarefa, uso de métodos comportamentais e restrição do membro superior não afetado.
Ao iniciar essa forma de terapia, o paciente possui o membro que funciona adequadamente restrito de movimentação, para que seja necessário utilizar o membro com limitação. Além disso, é realizado o treino da tarefa, conforme o objetivo traçado. Essas estratégias fazem com que o membro que está com mobilidade restrita, exercite e aprenda novamente a realizar os movimentos.
Em casos de dor ou incapacidade de fazer com que um movimento seja realizado, o cérebro passa a evitar que o membro seja utilizado, o que pode acabar agravando o quadro e gerando ainda mais dificuldades. Por isso, em caso de indicação para realização da TCI, não deve ser adiado o início do tratamento.
Durante o protocolo, é possível realizar a restrição da mão menos afetada, com a outra, é necessário realizar ações para aumento da mobilidade. Os movimentos podem ser repetitivos e são esses exercícios constantes que permitem a melhora do paciente.
Quais são os benefícios?
Entre os benefícios da TCI para pacientes que passaram por alguma condição que afetou o sistema nervoso, estão:
- Melhora da motricidade;
- Desenvolvimento da amplitude de movimentos;
- Aprendizado ou recuperação de movimentos perdidos;
- Maior autonomia para atividades;
- Prevenção do desuso do membro afetado.
Essa técnica não-invasiva pode ser muito eficiente e fazer com que a autonomia e bem-estar do paciente seja retomada. Para isso, o tratamento precisa ser feito corretamente, avaliando possibilidades, limitações e condições de saúde do indivíduo com acompanhamento profissional sempre.